sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Rumi | Poema


Ressoa o junco do reino.
Alma, bate tuas palmas.
Bate, coração. E dança.

Brilham a mina e a joia.
Plena de júbilo a Terra.
Vinde, pois a mesa é posta.
Aceita, Amado, o convite.

Sinto o perfume das flores,
e colho o verde dos prados.
Amo a beleza do rosto.
Ébrios, gritamos “Hey, Hey”.

Ele é mar, nós somos nuvem.
Ele é um imenso tesouro,
Nós ruínas; não passamos
de átomos diante do Sol.

Ando bêbado, perdido.
Perdoa minhas palavras.
Deixa abrir a lua ao meio
à glória de Mustafá.

Rumi. Tradução de Marco Lucchesi

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