José Caballero |
O poeta invoca o acaso
Novalis
Ao resgate da palavra a raiva estanca
Porém nem a resgatada nem o raivoso
Desaparecem do conta-gotas
Que dispõe o acaso para seu arbítrio.
No entanto não se queixa o calendário
De ser arrancado dia após dia
Na vitrina vagamente higiênica
Que chamam de história
Onde a farsa segue de perto a tragédia
O manjar envenenado o molho.
Apenas um cadáver responde pela verdade
À opinião pública
Que como a água não tem outra dimensão
Senão a do nadador ou do afogado.
A la carte da vida se joga NA MORTE.
Para José Miguel Pérez Corrales
MARTINS, Floriano. O começo da busca; o Surrealismo na poesia da América Latina. São Paulo: Escrituras, 2001. (Col. Ensaios Transversais, 13). p.235
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