domingo, 4 de setembro de 2011

Georg Trakl│Calma e Silêncio

Alejandro Puga

Pastores enterraram o sol na floresta nua.
Um pescador puxou a lua
Do lago gelado em áspera rede.


No cristal azul
Mora o pálido Homem, o rosto apoiado nas suas estrelas;
Ou curva a cabeça em sono purpúreo.


Mas sempre comove o voo negro dos pássaros
Ao observador, santidade de flores azuis.
O silêncio próximo pensa no esquecido, anjos apagados.


De novo a fronte anoitece em pedra lunar;
Um rapaz irradiante
Surge a irmã em outono e negra decomposição.





De Profundis e outros poemas. Organização, posfácio e tradução Cláudia Cavalcanti Iluminuras.

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