Ressoa o junco do reino.
Alma, bate tuas palmas.
Bate, coração. E dança.
Brilham a mina e a joia.
Plena de júbilo a Terra.
Vinde, pois a mesa é posta.
Aceita, Amado, o convite.
Sinto o perfume das flores,
e colho o verde dos prados.
Amo a beleza do rosto.
Ébrios, gritamos “Hey, Hey”.
Ele é mar, nós somos nuvem.
Ele é um imenso tesouro,
Nós ruínas; não passamos
de átomos diante do Sol.
Ando bêbado, perdido.
Perdoa minhas palavras.
Deixa abrir a lua ao meio
à glória de Mustafá.
Rumi. Tradução de Marco Lucchesi
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