deixaste oco o teu corpo
em cada rosto que animaste
pelo poro da
palavra
áleo andarilho aliciador de sóis alucinados
entornando o vinho
e parindo as varas da videira
como um gêmeo perverso de gênio avesso
semeando os esporos da noite
em teu último
suspiro
entregue ao teu íntimo amparo
teus passos cumpristes
sobre o relvado ardente
onde não resta caminho
Márcio Simões. 24.03.2015
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